sábado, 3 de dezembro de 2011

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: LETRAS IMAGÉTICAS - ARTIGOs DE ELIANA MENEZES, IVANY PINTO NASCIMENTO, MARCELO BARRETO E LUDMILLA FONSECA

              Eliana Menezes escreve sobre sua preocupação para o espaço acadêmico quando interroga sobre a RS que o professor tem do ato de pesquisar. É certo que o exercício docente é intenso, mas qual o papel da pesquisa nesse contexto? Qual a idéia que o professor constrói sobre a pesquisa? A escassez de recursos e de tempo se configura numa violência para esse professor e violência é o tema abordado por Ivany Pinto Nascimento num estudo sobre as Representações Sociais que os jovens tem sobre o bullying.  Este é um tema que instiga os atores que circulam dentro e no entorno da escola; o texto faz emergir a necessidade de ruptura dessa naturalização e, por que não dizer banalização, com que a violência vem sendo encarada na cena escolar. Para tanto, Nascimento investiga a escola e a dinâmica das relações nesse contexto, buscando desvelar os fatores, as formas e os sujeitos que protagonizam estas ações que refletem inclusive no sucesso ou fracasso escolar, temática sobre a qual Marcelo Barreto discorre após sua investigação sobre o fracasso escolar numa comunidade de Sergipe. 
O autor nos lembra que normalmente o termo Fracasso Escolar nomeia a incapacidade ou insuficiência da escola no que se refere ao alcance de seu objeto primário que é aproximar os sujeitos do conhecimento sistematizado, (trans)formando-os  em cidadãos críticos capazes de modificar o seu meio social. O ponto principal de Barreto é perceber a raiz: Onde tudo começa? Essa é a questão primordial da pesquisa em que o autor toma como preponderante desvelar a Representação Social que os professores tem do Fracasso Escolar.
Ainda caminhando por esta temática do insucesso nas aprendizagens escolares, Ludmilla Fonsêca pontua que uma das funções da escola é preparar os sujeitos para o ingresso na sociedade, dotando-os de aprendizagens consideradas relevantes para o grupo social ao qual ele pertence. Mas, quando acontece o fracasso, a escola consegue percebê-lo como algo que extrapola a responsabilidade do aluno? A autora propõe que se tome a escuta como ferramenta singular para desvendar os mistérios do não aprender, numa escuta extensa que atravesse o desejo do sujeito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário