http://www.psicoloucos.com/Sigmund-Freud/teorias-de-freud.html
Nossos estudos vem sendo embasado pela teoria psicanalítica, e nada é mais importante que conhecer as teorias que embasam esse pensamento. A seguir, um pouco dessa teoria.
Teorias de Freud
A Teoria de Freud, desperta interesse do público em geral.
Aqui você encontrará um resumo das principais teorias de Freud
que marcaram a história da Psicanálise.
O inconsciente
Diz Freud, não é o subconsciente. Este é aquele grau da
consciência como consciência passiva e consciência vivida não-reflexiva, podendo
tomar-se plenamente consciente. O inconsciente, ao contrário,
jamais será consciente diretamente, podendo ser captado apenas indiretamente e
por meio de técnicas especiais de interpretação desenvolvidas pela
psicanálise.
Os chamados Atos sintomáticos são para Freud
evidência da força e individualismo do inconsciente: e sua manifestação
é comum nas pessoas sadias. Mostram a luta do consciente com o subconsciente
(conteúdo evocável) e o inconsciente (conteúdo não evocável). São os lapsus
linguae, popularmente ditos "traição da memória", ou mesmo convicções enganosas
e erros que podem ter conseqüências graves.
Motivação
Para explicar o comportamento Freud desenvolve a teoria
da motivação sexual (sobrevivência da espécie) e do instinto de
conservação (sobrevivência individual). Mas todas as suas colocações giram em
torno do sexo. A força que orienta o comportamento estaria no inconsciente e
seria o instinto sexual.
Fases do desenvolvimento sexual
Freud contribuiu com uma teoria das fases do
desenvolvimento do indivíduo. Este passa por sucessivos tipos de caráter: oral,
anal e genital. Pode sofrer regreção de um dos dois últimos a um ou outro dos
dois anteriores, como pode sofrer fixação em qualquer das fases precoces. Essas
fases se desenvolverão entre os primeiros meses de vida e os 5 ou 6 anos de
idade, e estão ligadas ao desenvolvimento do Id:
(1) Na fase oral, ou fase da libido oral, ou hedonismo bucal, o desejo e
o prazer localizam-se primordialmente na boca e na ingestão de alimentos e o
seio materno, a mamadeira, a chupeta, os dedos são objetos do prazer;
(2) Na fase anal, ou fase da libido ou hedonismo anal, o desejo e o
prazer localizam-se primordialmente nas excreções e fezes. Brincar com massas e
com tintas, amassar barro ou argila, comer coisas cremosas, sujar-se são os
objetos do prazer;
(3)Na fase genital ou fase fálica, ou fase da libido ou hedonismo
genital, o desejo e o prazer localizam-se primordialmente nos órgãos genitais e
nas partes do corpo que excitam tais órgãos. Nessa fase, para os meninos, a mãe
é o objeto do desejo e do prazer; para as meninas, o pai.
Tipos de personalidade
Aqueles que se detêm em seu desenvolvimento emocional, e por algum motivo
se fixam em qualquer uma das fases transitórias (Freud. 1908),
constituem tipos e subtipos de personalidade nomeados segundo a fase
correspondente de fixação.
O tipo que se detém na fase oral é o Oral receptivo, pessoa dependente
- espera que tudo lhe seja dado sem qualquer reciprocidade; ou o Oral sadístico,
o que se decide a empregar a força e a astúcia para conseguir o que deseja.
Explorador e agressivo, não espera que alguém lhe dê voluntariamente qualquer
coisa.
O Anal sadístico é impulsivamente avaro, e sua segurança reside no
isolamento. São pessoas ordenadas e metódicas, parcimoniosas e obstinadas.
O tipo genital é a pessoa plenamente desenvolvida e equilibrada.
Complexo de Édipo
Depois de ver nos seus clientes o funcionamento perfeito da estrutura
tripartite da alma conforme a teoria de Platão, Freud volta à
cultura grega em busca de mais elementos fundamentais para a construção de sua
própria teoria.
No centro do "Id", determinando toda a vida psíquica, constatou o que
chamou Complexo de Édipo, isto é, o desejo incestuoso pela mãe,
e uma rivalidade com o pai. Segundo ele, é esse o desejo fundamental que
organiza a totalidade da vida psíquica e determina o sentido de nossas vidas.
Freud introduziu o conceito no seu Interpretação dos Sonos
(1899). O termo deriva do herói grego Édipo que, sem saber, matou seu pai e se
casou com sua mãe. Freud atribui o complexo de
Édipo às crianças de idade entre 3 e 6 anos. Ele disse que o estágio
geralmente terminava quando a criança se identificava com o parente do mesmo
sexo e reprimia seus instintos sexuais. Se o relacionamento prévio com os pais
fosse relativamente amável e não traumático, e se a atitude parental não fosse
excessivamente proibitiva nem excessivamente estimulante, o estágio seria
ultrapassado harmoniosamente. Em presença do trauma, no entanto, ocorre uma
neurose infantil que é um importante precursor de reações similares na vida
adulta. O Superego, o fator moral que domina a mente consciente do adulto,
também tem sua parte no processo de gerar o complexo de Édipo.
Freud considerou a reação contra o complexo de
Édito a mais importante conquista social da mente humana. Psicanalistas
posteriores consideram a descrição de Freud imprecisa, apesar
de conter algumas verdades parciais.
Mais em:
Complexo de Eletra
O complexo de Electra define-se como sendo uma atitude
emocional que, segundo as doutrinas psicanalíticas, todas as meninas têm para
com a sua mãe; trata-se de uma atitude que implica uma identificação tão
completa com a mãe que a filha deseja, inconscientemente, eliminá-la e possuir o
pai. Freud referia-se a ele como Complexo de Édipo Feminino,
tendo Jung dado o nome "Complexo de Electra", baseando-se no
mito de Eletra, filha de Agamemnon. Freud rejeitava o uso de
tal termo por este enfatizar a analogia da atitude entre os dois sexos.
O complexo de Electra é, muitas vezes, incluído no complexo de Edipo, já
que os princípios que se aplicam a ambos são muito semelhantes.
Mais em:
Narcisismo
Conta o mito que o jovem Narciso, belíssimo, nunca tinha visto sua própria
imagem. Um dia, passeando por um bosque, encontrou um lago. Aproximou-se e viu
nas águas um jovem de extraordinária beleza e pelo qual apaixonou-se
perdidamente. Desejava que o jovem saísse das águas e viesse ao seu encontro,
mas como ele parecia recusar-se a sair do lago, Narciso mergulhou nas águas, foi
ás profundezas á procura do outro que fugia, morrendo afogado. Narciso morrera
de amor por si mesmo, ou melhor, de amor por sua própria imagem ou pela
auto-imagem. O narcisismo é o encantamento e a paixão que
sentimos por nossa própria imagem ou por nós mesmos, porque não conseguimos
diferenciar um do outro. Como crítica à humanidade em geral - que se pode
vislumbrar em Freud - narcisismo é a bela
imagem que os homens possuem de si mesmos, como seres ilusoriamente racionais e
com a qual estiveram encantados durante séculos.
Perversão
Porém, assim como a loucura é a impossibilidade do Ego para realizar sua
dupla função (conciliação entre Id e Superego, e entre estes e a realidade),
também a sublimação pode não ser alcançada e, em seu lugar,
surgir uma perversão ou loucura social ou coletiva. O
nazismo é um exemplo de perversão, em vez de
sublimação. A propaganda, que induz no leitor ou espectador
desejos sexuais pela multiplicação das imagens de prazer, é outro exemplo de
perversão ou de incapacidade para a sublimação.
Os sonhos: conteúdo manifesto e conteúdo latente
(Significados conscientes e subconscientes)
A vida psíquica dá sentido e coloração afetivo-sexual a todos os objetos e a
todas as pessoas que nos rodeiam e entre os quais vivemos. As coisas e os outros
são investidos por nosso inconsciente com cargas afetivas de libido. Assim, sem
que saibamos por que, desejamos e amamos certas coisas e pessoas e odiamos e
tememos outras.
É por esse motivo que certas coisas, certos sons, certas cores, certos
animais, certas situações nos enchem de pavor, enquanto outras nos trazem
bem-estar, sem que saibamos o motivo. A origem das simpatias e antipatias,
amores e ódios, medos e prazeres desde a nossa mais tenra infância, em geral nos
primeiros meses e anos de nossa vida, quando se formaram as relações afetivas
fundamentais e o complexo de Édipo.
A dimensão imaginária de nossa vida psíquica - substituições,
sonhos, lapsos, atos falhos, prazer e desprazer, medo ou
bem-estar com objetos e pessoas - indica que os recursos inconscientes surgem na
consciência em dois níveis: o nível do conteúdo manifesto (escada, mar e
incêndio, no sonho; a palavra esquecida e a pronunciada, no
lapso; o pé torcido ou objeto partido, no ato falho) e o nível
do conteúdo latente, que é o conteúdo inconsciente verdadeiro e oculto (os
desejos sexuais). Nossa vida normal se passa no plano de conteúdos manifestos e,
portanto, no imaginário. Somente uma análise psíquica e psicológica desses
conteúdos, por meio de técnicas especiais (trazidas pela psicanálise), nos
permite decifrar o conteúdo latente que se dissimula sob o conteúdo
manifesto.