domingo, 29 de setembro de 2013

O silêncio na psicanálise - Alessandra Fernandes Carreira



10/09/2013
É tão vasto o silêncio da noite na montanha. 
É tão despovoado. Tenta-se em vão trabalhar para não ouvi-lo,
pensar depressa para disfarçá-lo.
“Silêncio”, Clarice Lispector
A descoberta do inconsciente e a invenção da psicanálise, entre o final do século XIX e o início do século XX, deveu-se em grande parte a uma atitude fundamentalmente simples de seu fundador, Sigmund Freud: ele se dispôs a ouvir o que suas pacientes histéricas, até então silenciadas pela religião e pela ciência, tinham a dizer sobre seu próprio adoecimento.
Nessa escuta, a princípio, Freud lançou mão da hipnose, que serviu para retirar suas pacientes desse silenciamento, colocando-as a falar. Essa “limpeza da chaminé”, como foi nomeado esse trabalho por uma das pacientes de Josef Breuer, parceiro de Freud, recuperava cenas que, após serem recordadas no estado hipnótico, proporcionavam um notável alívio sintomático. Mas, por outro lado, esse método revelou-se inapropriado porque trazia dois efeitos indesejados ao tratamento: 1. existiam pacientes que não se conseguia hipnotizar e 2. os sintomas histéricos ou retornavam depois de um tempo, ou ganhavam novos formatos (Freud, 1909).
Tendo obtido, através da utilização da hipnose, a prova de que era preciso sair do silêncio para que o tratamento pudesse acontecer, Freud iniciou uma busca por um método de trabalho que permitisse ultrapassar essa barreira sem, no entanto, alterar o estado de consciência do paciente. Vemos que ele se deu conta da importância de o paciente poder ouvir o que dizia, enquanto dizia. Isso significava deixá-lo exposto à surpresa, ao enigma e, principalmente, ao silêncio.
Nessa busca, que podemos qualificar como ética, Freud criou, após alguns ensaios, o método da “associação livre”, utilizado até hoje. Trata-se de o paciente dizer tudo o que lhe vier ao pensamento, inclusive, e sobretudo, aquilo que ele julgar absurdo ou irrelevante. Vemos aí que Freud fez uma aposta: a de que o paciente sabe algo que sua consciência afirma desconhecer, pois há algo silenciado ou, em termos freudianos, recalcado. Com isso, ele também reconheceu uma insistência do recalcado em retornar, mas de forma disfarçada, distorcida.
Porém, a aplicação desse método fez Freud deparar-se, em seu trabalho clínico, com barreiras que ele chamou de resistências, ou seja, impedimentos para a associação livre, destacando-se dentre elas o silêncio do paciente. Esse silêncio aparece na sessão sob vários formatos: não ter nada a dizer, não poder dizer o que pensou ou experimentar uma espécie de “branco”, um esquecimento.
Essas lacunas, que emergem na associação livre, logo revelaram-se extremamente importantes no trabalho da análise, já que Freud reconheceu nelas um apontamento da proximidade do recalcado, isto é, daquilo que estava silenciado por ser, justamente, o cerne do sofrimento atual do paciente, sendo sua recordação direta, por isso, severamente evitada pelo aparelho psíquico (Freud, 1914).
Vemos que não só o silêncio, mas a própria possibilidade de silenciar durante uma sessão, tornou-se muito importante para o trabalho psicanalítico, na medida em que se fez índice daquilo que não consegue passar à palavra e que, por isso, traumatiza. É claro que o esforço de uma psicanálise vai na direção dessa passagem à palavra, mas esse trabalho não pode ser forçado. Ele precisa ser realizado pelo próprio paciente, que se autoriza, em seu tempo e em uma relação transferencial com seu psicanalista, a ultrapassar essa barreira de silêncio, dissolvendo através da ética do bem-dizer alguns sintomas que serviam, até então, para trazerem de forma mascarada o que estava silenciado.
Diferentemente da hipnose, que fornece um comando para que o paciente fale, Freud introduziu uma nova forma de trabalhar, na qual o paciente fica exposto ao próprio movimento do inconsciente, caracterizado por uma espécie de pulsação, que se alterna em abertura e fechamento (Lacan, 1964), bem como por apresentar caminhos próprios e tortuosos, exigindo um trabalho de escuta e interpretação. Esse é o meio para o analisante iniciar uma pesquisa que é fundamental para que uma psicanálise, de fato, aconteça.
Realizada essa demarcação do silêncio como mola propulsora do tratamento e índice do recalcado, que marcam a própria invenção da psicanálise, é preciso que agora abordemos uma espécie de duplo estatuto que o caracteriza. O próprio Freud já o vislumbrou, uma vez que, ao lado desse silêncio que pode e precisa passar à palavra na cadeia associativa, ele também encontrou um outro: aquilo que ele chamou de “rochedo da castração”, intransponível e que confere uma dimensão interminável à uma psicanálise (Freud, 1937). Dito de outro modo: trata-se de um impossível, que diz respeito ao vazio e que nunca passa à palavra.
É interessante notar que essa duplicidade é reconhecida também por Roland Barthes (1978), em referência à língua clássica, sendo que ele utiliza dois termos em latim para abordá-la. Um deles é sileo, que remete a uma ausência de movimento e de ruído, uma espécie de virgindade intemporal das coisas que existe antes de elas nascerem ou depois de elas desaparecerem. É aí que encontramos a origem de silentes, que pode ser traduzido para o português, em uma de suas acepções, como “mortos”. Já o outro termo utilizado por Barthes é taceo, que diz respeito a um calar-se enquanto deixar de falar, isto é, um silêncio verbal.
Jacques Lacan (1964-1965) também remete a duas formas do silêncio, utilizando esses mesmos termos em latim. Define taceo como a dimensão do silêncio que é aquela da palavra não-dita, enquanto sileo é, para ele, um silêncio fundante, estruturante, que aponta para uma ausência essencial da palavra, isto é, um buraco de significação, uma impossibilidade de simbolização (Lacan, 1967) que é, em última instância, a própria morte.
Para abordar as origens desse silêncio estruturante, Lacan (1964-1965) refere ao grito, expressão primitiva e indiferenciada da necessidade no recém-nascido que, por estar fora do sentido, convoca o outro a um ato interpretativo, que só pode se dar na linguagem. Tal ato tem por efeito a transmutação do próprio grito em demanda, ou seja, a mera descarga fisiológica, animada por um desconforto, é tomada como um pedido de um sujeito.
Freud já apontava que a primeira e mítica experiência de satisfação depende dessa ação do outro. Entretanto, acreditava que, por ela ser inédita, é também irrecuperável enquanto tal. Ela estabelece, com isso, tanto uma expectativa e procura por satisfação nos mesmos moldes da experiência inaugural, quanto uma impossibilidade de reencontro do objeto, ou seja, um vazio contínuo e constante para o sujeito, que nenhum objeto substituto pode preencher.
Isso mostra que, para além da demanda, que toma o lugar da necessidade através de um ato interpretativo do outro, surge também o desejo, pois há sempre uma insatisfação em toda e qualquer satisfação, há sempre falta. Dito de outro modo: o significante não dá conta do real, nem tudo passa à palavra, há sempre um resto. Em virtude dessa impossibilidade, podemos tomar o desejo, então, como oriundo do próprio silêncio que surge junto com o significante.
Assim, o grito não se perfila sobre um fundo de silêncio, pelo contrário: ele o faz surgir como silêncio (Lacan, 1964). Referindo ao quadro O grito (1893), de Eduard Munch, Lacan chama a nossa atenção para esse ser de aspecto estranho, que tapa as orelhas e escancara a boca em um grito que, literalmente, parece provocar e sustentar o silêncio. “O grito faz o abismo onde o silêncio se aloja.” (Lacan, 1964-1965, p. 217).
Esse abismo obriga o sujeito a uma retomada que Lacan chama de fantasia: uma construção significante que procura escamotear esse vazio ou, como nos diz Freud (1908), que procura concertar a realidade insatisfatória e realizar, sem realizar, o desejo. Assim, Lacan define a fantasia como algo que se interpõe à verdade, tal qual uma tela colocada no caixilho de uma janela. Isso é incrivelmente bem ilustrado em uma série de quadros de René Magritte, que trazem janelas justamente nessa condição de anteparo, especialmente um deles, intitulado A condição humana, de 1935. Para Lacan, “Seja qual for o encanto do que está pintado na tela, trata-se de não ver o que se vê pela janela.” (Lacan, 1962-1963, p. 85). E o que se vê pela janela? Nada.
Vale ressaltar que, embora inconfessável (Freud, 1908), por estar na lógica significante, a fantasia pode passar à palavra, isto é, ao saber. Mas, para isso, é preciso ultrapassar uma barreira: a da vergonha e da culpa. Essa travessia, embora realizada na cadeia associativa, conduz ao encontro derradeiro com o inominável, com a verdade que só pode ser meio-dita (Lacan, 1969-1970), o que estabelece a seguinte direção para uma psicanálise: é preciso atravessar taceo para atingir, embora não dizer, sileo.
Destarte, uma psicanálise trabalha nessas duas formas do silêncio, buscando trazer à palavra o que deixou de ser dito, por um lado, e cernindo aquilo que não pode ser dito, ou seja, apontando para essa impossibilidade estrutural e estruturante de sileo. Embora isso tenha uma dimensão trágica, tem também uma dimensão fecunda, à medida que libera o sujeito de uma esperança de completude que o mantém alienado ao desejo do Outro, desejo esse que se revela, afinal, sem nenhuma substância, mas sim como pura falta.
Alessandra Fernandes Carreira é psicanalista, membro-fundador de Lalíngua - Espaço de Interlocução em Psicanálise (Ribeirão Preto - SP). Com pós-doutorado pelo Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, é psicóloga, mestre e doutora em psicologia pela FFCLRP-USP e professora titular BD do curso de psicologia da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp).
Referências bibliográficas
Barthes, R. O neutro. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Freud, S. (1908). "Escritores criativos e devaneio". In Edição standard das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, vol. IX, pp. 149-161.
Freud, S. (1909). "Cinco lições de psicanálise". In Edição standard das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, vol. XI, pp. 13-57.Freud, S. (1914). "Recordar, repetir e elaborar". In Edição standard das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, vol. XII, pp. 193-206.Freud, S. (1937)." Análise terminável e interminável". In Edição standard das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, vol. XXIII, pp. 247-288.
Lacan, J. (1962-1963). O Seminário de Jacques Lacan, livro 10: A angústia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Lacan, J. (1964). O seminário de Jacques Lacan, livro 11: Os Quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.Lacan, J. (1964-1965). Problemas cruciais para a psicanálise. Recife: Centro de Estudos Freudianos do Recife. (publicação para circulação interna)Lacan, J. (1966-1967). La logique du fantasme. Seminário inédito. (mimeo)Lacan, J. (1969-1970). O seminário de Jacques Lacan, livro 17: O avesso da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Lispector, C. (1998). "Silêncio". In Onde estivestes de noite. Rio de Janeiro: Rocco.


sábado, 28 de setembro de 2013

PROGRAMAÇÃO 36ª ANPED

36a Reunião Nacional da ANPEd contará com transmissões ao vivo, pela internet, de algumas de suas principais atividades. Dentre elas estarão a cerimônia e conferência de abertura, feita pelo professor Dermeval Saviani, e a homenagem Cora Coralina. Também serão transmitidas sessões especiais e sessões conversa, além da conferência de Stephen Ball.

 
Pedimos a gentileza de compartilhar a informação com os interessados.

Para acompanhar as transmissões, basta clicar aqui.

A 36a Reunião da ANPEd acontece entre os dias 29 de setembro e 02 de outubro em Goiânia (GO), no Campus II da UFG.

Confira abaixo a programação a ser transmitida ao vivo via web:

1º Dia (29/09/2013 – Domingo)
Cerimônia de Abertura
Horário - 18h
Local - Centro de Eventos da UFG - Campus Samambaia
Palavras da Presidente: Dalila Andrade Oliveira (UFMG)
Conferência de Abertura
Horário: 20:00 horas
Local: Centro de Eventos da UFG - Campus Samambaia
Conferencista: Dermeval Saviani (UNICAMP)
Coordenação: Antonio Flávio Barbosa Moreira (UCP/UFRJ)
2º Dia (30/09/2013 – Segunda-feira)
Sessão Conversa: Educação nas Redes e nas Ruas
Horário - das 18h às 20h
Local - Sala do GT12 - Auditório do Instituto de Ciências Biológicas (ICB-4)
Conferencistas: Luis Felipe Marques Ferreira (NINJA), MPL, COMPAC, Sérgio José Custódio (MSU)
Coordenação: Catarina de Almeida Santos (UNB)

3º Dia (01/10/2013 – Terça-feira)
Sessão Especial: Relações entre a Filosofia, a História, a Psicologia e a Sociologia da Educação: tendências e perspectivas
Horário - das 10h às13h
Local - Sala do GT02 - Auditório da Faculdade de Ciências Sociais (FCS), Filosofia (FAFI) e História (FH).
Conferencista: Nadja Mata Amilibia Hermann (PUC/RS), Mirian Warde (UNESP), Zaia Brandão (PUC-Rio) e Diana de Carvalho (UFSC)
Coordenação: Pedro Ângelo Pagni (UNESP/Marília)
Homenagem Cora Coralina
Horário - das 18h às 20h
Local - Centro de Eventos da UFG - Campus Samambaia
4º Dia (02/10/2013 – Quarta-feira)
Sessão Especial: Movimentos sociais, políticas públicas e o reconhecimento do direito à diversidade/diferença
Horário - das 10h às13h
Local: GT07 - Anfitiatro do Instituto de Física (IF 2)
Conferencista: Graciela Alonso (Universidad Nacional del Comahue, Argentina), Tatiana Lionço (UniCEUB) - Centro Universitário de Brasília e Alecssandro José Prudêncio Ratts (UFG)
Coordenação: Marco Antônio Leandro Barzano (UEFS)

Conferência de Encerramento
Horário - das 18h às 20h
Local: Centro de Eventos da UFG - Campus Samambaia
Conferencista: Stephen Ball, professor do Instituto de Educação da University of London

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

UBUNTU na cultura Xhosa significa: "Eu sou porque nós somos"

Um antropólogo fez uma brincadeira com as crianças de uma tribo africana. Ele colocou um cesto cheio de frutas junto a uma árvore e disse para as crianças que o primeira que chegasse na árvore ganharia todas as frutas. Dado o sinal todas as crianças saíram ao mesmo tempo ... e de mãos dadas! Então sentaram-se juntas para aproveitar da recompensa. Quando o antropólogo perguntou porque eles haviam agido desta forma sabendo que um entre eles poderia ter todos os frutos para si, eles responderam: "Ubuntu, Como um de nós pode ser feliz se todos os outros estiverem tristes?"

UBUNTU na cultura Xhosa significa: "Eu sou porque nós somos"

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

FIM - VINICIUS DE MORAES

Vinícius de Moraes

Será que cheguei ao fim de todos os caminhos
E só resta a possibilidade de permanecer?
Será a Verdade apenas um incentivo à caminhada
Ou será ela a própria caminhada?
Terão mentido os que surgiram da treva e gritaram - Espírito!
E gritaram - Coragem!
Rasgarei as mãos nas pedras da enorme muralha
Que fecha tudo à libertação?
Lançarei meu corpo à vala comum dos falidos
Ou cairei lutando contra o impossível que antolha-me os passos
Apenas pela glória de tombar lutando?

Será que eu cheguei ao fim de todos os caminhos...
Ao fim de todos os caminhos?

sábado, 21 de setembro de 2013

LEMBRANÇA ALADA - MIA COUTO



Em alguma vida fui ave.

Guardo memória
de paisagens espraiadas
e de escarpas em voo rasante.

E sinto em meus pés
o consolo de um pouso soberano
na mais alta copa da floresta.

Liga-me à terra
uma nuvem e seu desleixo de brancura.

Vivo a golpes com coração de asa
e tombo como um relâmpago
faminto de terra.

Guardo a pluma
que resta dentro do peito
como um homem guarda o seu nome
no travesseiro do tempo.

Em alguma ave fui vida.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

FLORBELA ESPANCA

"Cheguei a meio da vida já cansada 
De tanto caminhar! Já me perdi! 
Dum estranho país que nunca vi 
Sou neste mundo imenso a exilada.

Tanto tenho aprendido e não sei nada.
E as torres de marfim que construí
Em trágica loucura as destruí
Por minhas próprias mãos de malfadada!

Se eu sempre fui assim este Mar-Morto,
Mar sem marés, sem vagas e sem porto
Onde velas de sonhos se rasgaram.

Caravelas doiradas a bailar...
Ai, quem me dera as que eu deitei ao Mar!
As que eu lancei à vida, e não voltaram!... "

Florbela Espanca

domingo, 15 de setembro de 2013

CASULO DE ARTES INCLUSIVAS

CIA PÉ NA TERRA DIVULGA:



Vamos lá conhecer o trabalho de rua de Rafael Trevo, o palhaço TRevolino que vem subindo de bike de São Paulo. Ocupando o Parque de Pituaçu pelo Projeto PéDe Circo no Parque , de autoria da Cia Pé na Terra e Mar de Palhaços. APRESENTAÇÃO ÚNICA!!!
A CHAPÉU!!!

sábado, 14 de setembro de 2013

ORIENTAÇÕES PARA ACOMPANHAMENTO DE CANDIDATOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NA SELEÇÃO DE ALUNOS REGULARES DO PPGEDUC UNEB

1- O candidato deverá utilizar computador da Universidade, com programas leitores de
tela e de síntese de voz de manifesta opção do candidato instalados para a realização da
prova escrita.

2- Deve haver no local da prova uma impressora comum.

3- O candidato receberá a prova digitalizada (em editor de texto), formato .doc ou
equivalente, na mesma hora em que os demais candidatos a receberão.

4- A prova será acompanhada por um representante institucional do NEDE e do
PPGEDUC, indicado conjuntamente pelos seus responsáveis.

5- Após a conclusão da prova, imprimi-la e solicitar que o candidato a assine.

6- A prova impressa deverá ser transcrita a mão na folha de resposta do candidato, pelo
representante institucional, para ser codificada e assim igualada às outras provas
realizadas pelos demais candidatos.

7- A prova assim transcrita deverá ser lida para o candidato pelo mesmo representante,
que deverá obter do candidato a assinatura de um termo de anuência dessa versão
transcrita. O candidato poderá acompanhar a leitura cotejando-a com a sua versão
digitalizada no computador.

8- A prova impressa e o termo de anuência da sua versão transcrita a mão, assinados
pelo candidato, bem como o CD com o arquivo da mesma, deverão ser entregues pelo
representante institucional à Comissão de Seleção do PPGEDUC, em envelope lacrado, e
esses deverão ser arquivados pelo PPGEDUC, inclusive para fins de cotejamento em
eventual recurso.

SELEÇÃO MESTRADO UNEB 2014 - LOCAL DAS PROVAS

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO - DEDC - CAMPUS I
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
EDUCAÇÃO E CONTEMPORANEIDADE – PPGEduC

Local de realização da Prova do Processo Seletivo para Aluno Regular 2014 do Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade PPGEduC

Dia da Prova: 15 de setembro de 2013

Horário: 9h

INFORMATIVO DO LOCAL DE PROVA

LINHA I – PROCESSOS CIVILIZATÓRIOS: EDUCAÇÃO, MEMÓRIA E PLURALIDADE CULTURAL
DCET – Campus I (TÉRREO)      SALA 05 - SALA 06 - SALA 07

LINHA II – EDUCAÇÃO, PRÁXIS PEDAGÓGICA E FORMAÇÃO DO EDUCADOR
DEDC – Campus I (TÉRREO)   SALA 01  - SALA 02  - SALA 03  - SALA 04  - SALA 05
SALA 06

LINHA III – EDUCAÇÃO, GESTÃO E DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL
DCET – Campus I (TÉRREO) - AUDITÓRIO - SALA 08

LINHA IV – EDUCAÇÃO, CURRÍCULO E PROCESSOS TECNOLÓGICOS
DCET – Campus I (TÉRREO)  - SALA 07  -  SALA 08  -

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Preparando a casa para chegada de um gatinho

Dentre os mais diversos animais de estimação que uma pessoa pode optar por ter, está o gato. Como sempre deve ser feito antes de adotar qualquer animal, é necessário ter a certeza de que está apto a cuidar dele por mais de 15 anos e é claro, preparar toda a casa para a chegada do gatinho.


Muitos são os cuidados necessários para que ele chegue a uma casa adequada e com uma família realmente preparada para recebê-lo. Alimentação, caminha, proteção, brinquedos entre outros cuidados básicos são essenciais. Só assim, o gatinho poderá viver feliz e por muitos anos alegrando a todos. Quem terá esse animal pela primeira vez, certamente terá algumas dúvidas antes de levá-lo para casa e por isso listamos aqui alguns cuidados básicos para fazer desse animal, um bichano feliz.
Caixinha de areia
O gato é um animal muito limpinho e aprende a fazer as necessidades no local certo com rapidez. Antes de levar um gato para casa, seja ele filhote ou adulto, é necessário ter uma bandeja retangular e areia própria para gato. O dono de colocar, preferencialmente, a bandeja em um canto da casa, assim ele se sentirá mais seguro ao frequentá-la. Com ela em um canto, ele poderá ficar de costas para as paredes e observando o restante da casa, enquanto faz às necessidades, isso o deixará mais seguro.
Há diversas areias no mercado, desde as mais finas até as com granulados maiores e todas elas ajudam a eliminar o cheiro da urina e das fezes do animal. Além disso, elas formam blocos duros, após o gatinho fazer xixi, que ajudará o dono a limpar a caixa com a pá apropriada. Depois que o gato acostumar com uma delas, é indicado não tentar trocar a espessura, pois o bichano poderá estranhar e até mesmo se recusar a usar a caixinha.
Como as fezes de filhote têm um odor mais forte, adquirir as areias perfumadas pode ser uma boa opção para eliminar ainda mais o cheiro desagradável.
Caminha
Há diversas caminhas feitas especialmente para eles e podem ser encontradas com facilidade em petshop, mas certamente a cama preferida do bichano será a do dono. Caso não queira comprar uma caminha, o proprietário poderá colocar uma almofada ou panos dentro de uma caixinha para que ele possa dormir. Gatos adoram caixas tanto para dormirem, quanto para brincarem.
Ração
É importante que o animal tenha uma vasilha para água e outra para ração. A vasilha para água não precisa ser muito larga, pois esses animais não gostam de molhar a bigode. A água deve estar sempre bem fresquinha e precisa ser trocada várias vezes por dia, pois eles não gostam de água parada.
Se o gato tiver até 12 meses de idade, deve receber ração de filhotes e a partir disso, ração para adultos. A ração deve ser Premium ou Super Premium e de acordo com o indicado pelo médico veterinário do animal.
Segurança e brinquedos

O dono deve colocar telas nas janelas, para que ele não fuja de casa e se for deixar um dia o animal ir ao quintal, ter a certeza de que ele está acostumado com o local, para que não se perca. Deve-se esperar pelo menos duas semanas para soltá-lo.
Se já tiver outro gato na casa, deixe-os se cheirarem aos poucos. O proprietário deve colocar o novo morador na caixinha de transporte e deixar o outro chegar perto para cheirar. Fazer isso diariamente, mais de uma vez ao dia e sempre acariciar os dois, para que eles liguem o animal "estranho", a algo bom. Isso deve ser feito por mais de uma semana ou até que a convivência esteja melhor e enquanto isso, cada um deve ser colocado em um ambiente diferente da casa. O proprietário só poderá unir os dois quando já estiver seguro de que eles não brigarão e assim mesmo, deverá estar presente nesse encontro. Se o antigo morador da casa for um cão, o cuidado precisará ser infinitamente maior, pois naturalmente eles têm a relação "caça x predador". Com carinho e cuidado dado pelo dono, poderão se tornar grandes amigos.
É importante preparar brinquedos para o novo morador da casa. Bolinha de papel, rolinho de papel higiênico e caixinhas de papelão podem ser ótimas opções. Em petshop existem alguns ratinhos e bolinhas a venda também que eles costumam adorar.
O novo animal de estimação deve ser levado ao médico veterinário para que possa ser vacinado, tomar o vermífugo e obter os demais cuidados que se façam necessários. Isso é essencial para que ele permaneça saudável e faça parte da família por muitos anos.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Filmes para conhecer criticamente a História

Por Guilherme Antunes, em Cinetoscópio

1 - Tempos Modernos (1939) – Direção: Charlie Chaplin
Um operário de uma linha de montagem, que testou uma “máquina revolucionária” para evitar a hora do almoço, é levado à loucura pela “monotonia frenética” do seu trabalho. Após um longo período em um sanatório ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado.
1
2 - Z (1969) – Direção: Costa-Gavras
Conheça o caso Lambrakis, onde a morte de um político foi encoberta vergonhosamente por políticos e policiais, na Grécia dos anos 60. Vencedor dos Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Edição, foi o primeiro filme a ser indicado também na categoria Melhor Filme.
2
3 - Dawson, Ilha 10 (2009) – Direção: Miguel Littin
Dawson, Ilha 10, aborda o golpe militar que em 1973 derrubou o governo democrático de Salvador Allende e vitimou milhares de chilenos, dando início a uma das mais longas e sangrentas ditaduras da América Latina. O filme mostra o sofrimento de ministros do governo Allende que foram aprisionados em uma ilha gelada, de clima antártico, onde funcionou um campo de concentração projetado pelo criminoso nazista Walter Rauff, então refugiado no Chile.
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4 - Ivan, o Terrível – Parte I (1944) – Direção: Sergei M. Eisenstein
Em 1547, Ivan IV (1530-1584), arquiduque de Moscou, se auto-proclama o Czar de Rússia e se prepara para retomar territórios russos perdidos. Superando uma série de dificuldades e intrigas, Ivan consegue manipular as pessoas destramente e consolidar seu poder.
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5 – Alexander Nevsky (1938) – Direção: Sergei M. Eisenstein
Na Rússia do século 13, invadida por estrangeiros, o príncipe Alexander Nevsky arregimenta a população para formar um exército e conter a invasão de cavaleiros teutônicos. Baseado em fatos históricos.
CA.0525.alexander.nevsky.
6 – Em Nome do Pai (1993) – Direção: Jim Sheridan
Em 1974, um atentado a bomba produzido pelo IRA (Exército Republicano Irlandês) mata cinco pessoas num pub de Guilford, arredores de Londres. O filme conta a história real do jovem rebelde irlandês Gerry Conlon, que junto de três amigos, é injustamente preso e condenado pelo crime. Giuseppe Conlon, pai de Gerry, tenta ajudá-lo e também é condenado, mas pede ajuda à advogada Gareth Peirce, que investiga as irregularidades do caso.
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7 - Doutor Jivago (1965) – Direção: David Lean
O filme conta sobre os anos que antecederam, durante e após a Revolução Russa pela ótica de Yuri Zhivago (Omar Sharif), um médico e poeta. Enquanto Strelnikoff representa o “mal”, Yevgraf representa o “bom” elemento da Revolução Bolchevique.
Doctor Zhivago movie image
8 – No (2012) – Direção: Pablo Larraín
História do plebiscito que, em 1988, pôs fim a uma ditadura de 15 anos imposta por Augusto Pinochet. No conta a história de René Saavedra (Gael Garcia Bernal), um exilado que volta ao chile e vai trabalhar como publicitário a serviço da campanha “Não”, que tem como objetivo influenciar o eleitorado a votar contra a permanência de Augusto Pinochet no poder durante um referendo, feito sob pressão internacional, pelo próprio ditador.
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9 – A Onda (2008) – Direção: Dennis Gansel
Rainer Wegner, professor de ensino médio, deve ensinar seus alunos sobre autocracia. Devido ao desinteresse deles, propõe um experimento que explique na prática os mecanismos do fascismo e do poder. Wegner se denomina o líder daquele grupo, escolhe o lema “força pela disciplina” e dá ao movimento o nome de A Onda. Em pouco tempo, os alunos começam a propagar o poder da unidade e ameaçar os outros. Quando o jogo fica sério, Wegner decide interrompê-lo. Mas é tarde demais, e A Onda já saiu de seu controle. Baseado em uma história real ocorrida na Califórnia em 1967.
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10 - Amém (2002) – Direção: Costa-Gavras
Kurt Gerstein (Ulrich Tukur) é um oficial do Terceiro Reich que trabalhou na elaboração do Zyklon B, gás mortífero originalmente desenvolvido para a matança de animais mas usado para exterminar milhares de judeus durante a 2ª Guerra Mundial. Gerstein se revolta com o que testemunha e tenta informar os aliados sobre as atrocidades nos campos de concentração. Católico, busca chamar a atenção do Vaticano, mas suas denúncias são ignoradas pelo alto clero. Apenas um jovem jesuíta lhe dá ouvidos e o ajuda a organizar uma campanha para que o Papa (Marcel Iures) quebre o silêncio e se manifeste contra as violências ocorridas em nome de uma suposta supremacia racial.
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11 - O Encouraçado Potemkin (1925) – Direção: Sergei M. Eisenstein
Em 1905, na Rússia czarista, aconteceu um levante que pressagiou a Revolução de 1917. Tudo começou no navio de guerra Potemkin, quando os marinheiros estavam cansados de serem maltratados, sendo que até carne estragada lhes era dada, com o médico de bordo insistindo que ela era perfeitamente comestível. Alguns marinheiros se recusam a comer esta carne, então os oficiais do navio ordenam a execução deles.
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12 - A Paixão de Joana D’Arc (1928) – Direção: Carl Theodor Dreyer
França, século XV, Joana de Domrémy, filha do povo, resiste bravamente a ocupação de seu país. É presa, humilhada, torturada e interrogada de maneira impiedosa por um tribunal eclesiástico, que a levou, involuntariamente, a blasfemar.
É colocada na fogueira e morre por Deus e pela França.
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13 - Persépolis (2007) – Direção: Marjane Satrapi, Vincent Paronnaud
Marjane Satrapi (Gabrielle Lopes) é uma garota iraniana de 8 anos, que sonha em se tornar uma profetisa para poder salvar o mundo. Querida pelos pais e adorada pela avó, Marjane acompanha os acontecimentos que levam à queda do xá em seu país, juntamente com seu regime brutal.
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14 –  Adeus, Lenin! (2003) – Direção: Wolfgang Becker
Em 1989, pouco antes da queda do muro de Berlim, a Sra. Kerner (Katrin Sab) passa mal, entra em coma e fica desacordada durante os dias que marcaram o triunfo do regime capitalista. Quando ela desperta, em meados de 1990, sua cidade, Berlim Oriental, está sensivelmente modificada. Seu filho Alexander (Daniel Brühl), temendo que a excitação causada pelas drásticas mudanças possa lhe prejudicar a saúde, decide esconder-lhe os acontecimentos.
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15 - O Nome da Rosa (1986) – Direção: Jean-Jacques Annaud
Em 1327 William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk (Christian Slater), um noviço que o acompanha, chegam a um remoto mosteiro no norte da Itália. William de Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários assassinatos que acontecem no mosteiro. William de Baskerville começa a investigar o caso, que se mostra bastante intrincando, além dos mais religiosos acreditarem que é obra do Demônio.
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16 – Lawrence da Arábia (1962) – Direção: David Lean
Em 1916, em plena I Guerra Mundial, o jovem tenente do exército britânico estacionado no Cairo pede transferência para a península arábica, onde vem a ser oficial de ligação entre os rebeldes árabes e o exercito britânico, aliados contra os turcos, que desejavam anexar ao seu Império Otomano a península arábica. Lawrence, admirador confesso do deserto e do estilo de vida beduíno, oferece-se para ajudar os árabes a se libertarem dos turcos.
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17 – Glória Feita de Sangue (1957) – Direção: Stanley Kubrick
Em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, Mireau (George Meeker), um general francês, ordena um ataque suicida e como nem todos os seus soldados puderam se lançar ao ataque ele exige que sua artilharia ataque as próprias trincheiras. Mas não é obedecido neste pedido absurdo, então resolve pedir o julgamento e a execução de todo o regimento por se comportar covardemente no campo de batalha e assim justificar o fracasso de sua estratégia militar.
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18 - O Último Rei da Escócia (2006) – Direção: Kevin Macdonald
O filme mostra os acontecimentos reais na Uganda durante os anos 70, quando o ditador Idi Amin (Forest Whitaker, ganhador do Globo de Ouro e indicado ao Oscar por este papel) exercia seu poder. A história é narrada por meio do ponto de vista de seu médico pessoal.
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19 - Valsa com Bashir (2009) – Direção: Ari Folman
Numa noite num bar, um homem conta ao velho amigo Ari sobre um pesadelo recorrente no qual é perseguido por 26 cães alucinados. Toda noite é o mesmo número de bestas. Ambos concluem que o pesadelo tem a ver com a missão deles no exército israelense contra o Líbano, décadas atrás. Ari, no entanto, fica surpreso ao perceber que não consegue mais se lembrar de nada sobre aquele período da sua vida. Intrigado com o enígma, Ari decide se encontrar e entrevistar velhos camaradas pelo mundo. Ele tem necessidade de descobrir toda a verdade sobre aquele tempo e sobre si mesmo. E quanto mais ele se aprofunda no mistério, mais suas lembranças se tornam aterrorizantes e surreais.
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20 - A Queda – As Últimas Horas de Hitler (2004) – Direção: Oliver Hirschbiegel
Traudl Junge (Alexandra Maria Lara) trabalhava como secretária de Adolf Hitler (Bruno Ganz) durante a 2ª Guerra Mundial. Ela narra os últimos dias do líder alemão, que estava confinado em um quarto de segurança máxima.
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21 - A Culpa é do Fidel! (2006) – Direção: Julie Gavras
Anna de la Mesa (Nina Kervel-Bey) tem 9 anos, mora em Paris e leva uma vida regrada e tranqüila, dividida entre a  escola católica e o entorno familiar. O ano é 1970 e a prisão e morte do seu tio espanhol, um comunista convicto, balança a família. Ao voltar de uma viagem ao Chile, logo após a eleição de Salvador Allende, os pais de Anna estão diferentes e a vida familiar muda por completo: engajamento político, mudança para um apartamento menor, trocas constantes de babás, visitas inesperadas de amigos estranhos e barbudos. Assustada com essa nova realidade, Anna resiste à sua maneira. Aos poucos, porém, realiza uma nova compreensão do mundo.
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22 - A Infância de Ivan (1962) – Direção: Andrei Tarkovsky

terça-feira, 10 de setembro de 2013

24º Congresso Brasileiro de Psicanálise






A Federação Brasileira de Psicanálise (Febrapsi) realiza, entre os dias 25 e 28 de setembro, o24º Congresso Brasileiro de Psicanálise, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Com o tema "Ser contemporâneo: medo e paixão", o congresso tem entre seus objetivos discutir a psicanálise nos moldes atuais e a sua relação com a filosofia.

A programação inclui cursos, mesas-redondas e discussões de casos clínicos, que prometem suscitar o debate sobre assuntos relacionados à violência, tabus da sociedade contemporânea, o medo de se relacionar, isolamento, desamparo, luto, sexualidade, entre outros.

As inscrições podem ser feitas até o dia 20 de setembro no site do eventohttp://febrapsi.org.br/congresso/

Agência FAPESP 

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Seminário em Vitória discute violência e idade penal à luz da psicanálise


Participantes do encontro ressaltaram que a falta de estrutura familiar acaba por aumentar os índices de delinquênciaSLívia Francez
23/08/2013 

O Pleno do Tribunal de Justiça do Estado (TJES) sediou nesta sexta-feira (23) o seminário Violência e Idade Penal, promovido pela Escola Lacaniana de Psicanálise de Vitória em parceria com o Centro de Apoio Operacional da Infância e da Juventude do Ministério Público Estadual (MPES) e o TJES. O evento tem o intuito de discutir a redução da maioridade penal, com a participação de psicanalistas, operadores de direito e de segurança pública. 
 
A abertura do seminário foi feita pelo psicanalista José Nazar, que participou de debate com a coordenadora das Varas de Infância e Juventude do Estado, juíza Janete Pantaleão e com o delegado adjunto da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Vitória, Érico Mangaravite. 
 
Os três palestrantes foram unânimes em afirmar que a falta de estrutura familiar é um dos principais fatores para que levam à delinquência. 
 
Nazar, que é médico psiquiatra e membro da Escola Lacaniana de Psicanálise de Vitória, ressaltou que a falta de função paterna é o que mais leva à delinquência. Na psicanálise, a função paterna não é necessariamente exercida por um pai, mas serve para “cortar” a relação entre mãe e filho e estabelecer limites na criança, ou seja, é quem vai fazer o indivíduo entender o discurso público e as leis. “Os sujeitos que não tiveram o impacto da palavra estão mais propensos a delinquir”, disse ele. 
 
A juíza Janete Pantaleão salientou a importância da função paterna, que tem o objetivo de informar a lei, de passar para a prole quais são as consequências da lei e também de proteger. Ela lembrou de um caso ocorrido em Conceição da Barra (norte do Estado) no início deste ano, em que uma menina de 11 anos esfaqueou outra de 13 após uma discussão. “Talvez faltasse na vida dela alguém que a defendesse e, por isso, ela criou forças suficientes para atacar aquela que seria sua algoz”, lembrou. 
 
Ela ressaltou que o declínio da função paterna é fundamental para o aumento da violência juvenil. A juíza também lembrou que a cultura da violência nega a muitos indivíduos essa proteção e esses direitos fundamentais. 
 
Janete disse que não se pode ter uma visão romanceada de adolescentes que cometem atos infracionais, mas responsabilizar a pessoa que comete estes atos e dar a possibilidade dela se reerguer e internalizar a figura do “pai”, que pode um juiz, professor ou até um vizinho, que vai impedir aquelas agressões prossigam. “Nesse momento de medo e sofrimento que vivemos, precisamos rastrear e identificar quais as motivações. Modificação de leis, aumento de medidas socioeducativas, redução da idade penal são balela que fica bonita em discurso político eleitoreiro, mas não na nossa realidade”, contou. 
 
O delegado Érico Mangaravite iniciou a fala com uma frase do jurista alemão Franz von Liszt que disse que “a melhor política criminal é uma boa política social”. Ele ressaltou que a frase, dita há mais de 130 anos, ainda é aplicável nos dias de hoje, quando se discute o assunto. 
 
Ele usou a experiência na DPCA para mostrar que a falta da figura paterna, ou de alguém que exerça essa função, acaba por onerar ainda mais a mãe, que assume diversas funções no seio familiar, faltando outra figura que a apoie neste momento. 
 
O delegado contou que nos plantões dos Departamentos de Polícia Judiciária (DPJs) fica mais perceptível a falta de estrutura familiar que acaba levando à delinquência. “Quantas não são as situações em que um adolescente o adolescente apresentado não será apreendido, já que não há flagrante que leve a essa medida, e tentamos entrar em contato com o pai e não há chance, e não se encontra a mãe e o Conselho Tutelar que tem de exercer a função familiar”, disse ele. 
 
Ele acrescentou que a discussão em torno do assunto girando em torno apenas da redução a idade penal é um caminho perigoso. “O Brasil historicamente tem a questão da política do isolamento, vide a questão manicomial, os sanatórios para tuberculosos, a exclusão de pacientes com hanseníase da sociedade, as crianças em orfanato. O País gosta de tratar os problemas dessa maneira”, disse ele, completando que quando se discute só a redução da maioridade penal, sem se preocupar com as outras questões sociais, a sociedade tende a caminhar para o lado da política de isolamento.
 

domingo, 8 de setembro de 2013

FEIRA DAS PROFISSÕES - FACULDADE SOCIAL

Faculdade Social marcando presença no 3o circuito D Bosco das profissões. 
Venham conhecer oscursos: direito, adm, educação física, fisioterapia, jornalismo, psicologia, publicidade e propaganda!

O professor Vicente Passos é coordenador do curso de Direito! Confira a foto!!

sábado, 7 de setembro de 2013

UERJ abre inscrição para pós-graduação em Psicanálise


PsicanáliseO Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro está com inscrições abertas para Mestrado em Psicanálise, com área de concentração em pesquisa e clínica em Psicanálise. O curso estrutura-se em torno de duas linhas de pesquisa: a) teoria, método e ética da psicanálise aplicada às questões da clínica; e b) problemas teórico-metodológicos e conexões da psicanálise.

O objetivo do mestrado é formar mestres, doutores, pesquisadores, docentes e profissionais cujas atividades serão desempenhadas, com muita eficiência, no campo institucional e público de saúde. Visa-se ainda criar condições acadêmicas para o exercício da pesquisa avançada no campo da psicanálise, a fim de que sejam encontradas as vias de seu desenvolvimento, e tomando os impasses e desafios – que se colocam na prática clínica do psicanalista – como fecundas questões e problemas a serem investigados.

As inscrições estarão abertas até o dia 16 de setembro. O valor da taxa de seleção é de R$ 100,00 (cem reais). Outras informações no site do Centro de Produção da Uerj (www.cepuerj.uerj.br)

Mais informações:

Período do curso – 03 de março de 2014 a 31 de dezembro de 2018
Dia e horário – segundas e terças-feiras, das 8h às 18h 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

GATO GOSTA DE FICAR SOZINHO?

Mito: Gato gosta de ficar sozinho

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Esse é um dos mitos mais comuns entre as pessoas e, admiravelmente, reproduzido por alguns pais de gatos. Não se sabe como, onde e porque essa história começou, mas inegavelmente, de tanto ser repetida, parece ter virado uma verdade incontestável. Há pessoas que não gostam de gato justamente por acreditar que eles são frios, interesseiros, sozinhos. Isso, no entanto, está longe de ser verdade.

Os gatos, realmente, são animais que aparentam ser indepedentes, principalmente em comparação aos cachorros. O fato de o felino também aparecer, sentar no seu colo, dormir contigo ou brincar quando bem entender, leva algumas pessoas a pensar que eles são frios. Essa pseudo-independência  deles cria uma distorção na percepção das pessoas que não têm tanto contato assim com felinos e, assim, acabam verbalizando algo não verdadeiro.
Nossos gatos, assim como outros que conhecemos, adoram ficar ao redor dos pais humanos, seja qual for o ambiente – até mesmo no momento em que vamos tomar banho. Isso, no entanto, não significa que eles gostam de ficar 24 horas por dia grudados conosco. Gatos, assim como as pessoas, apreciam ter um pouco de privacidade e passar certos momentos sozinhos. Quando saimos de casa, certamente, eles cuidam de suas vidas – seja comendo, dormindo, brincando, fazendo suas necessidades fisiológicas. Ao chegarmos em casa, no entanto, eles sempre estão perto da porta nos esperando, querendo ser acariciados, sentir o cheiro da rua ou, talvez, receber um presentinho surpresa. Ademais, quando um de nós está em casa, observamos que quando o outro chega, eles sempre pressentem a nossa chegada e já se dirigem para perto da porta.
Outro fato inegavelmente que demonstra como os gatos gostam de nossa companhia é no momento em que temos que deixá-los em casa ou no pet shop. Ao retornarmos, é notório o mal-humor que eles demonstram. Os nossos sempre acabam nos ignorando no começo, mas depois demandam bastante atenção – até mesmo na hora em que estamos dormindo, eles fazem questão de nos acordar para passarmos a mão neles. Essa  personalidade felina é um exemplo irrefutável de como eles gostam do contato e como ficam frustrados e, em alguns casos, chateados ou, até mesmo, depressivos quando deixados para trás.

Essa situação mais extrema, o da depressão, ocorre em certos casos e pode levar até ao óbito do felino. Normalmente isso acontece nos casos em que você tem que fazer uma viagem longa e o deixa sozinho. Pode ocorrer dele simplesmente ir diminuindo a quantidade de alimento ingerido e começar a desenvolver algum distúrbio interno. Outro caso em que a depressão pode ocorrer é naquele em que o gato é jogado para fora de casa, seja porque os donos não o querem mais, seja porque a gata ficou prenha, seja porque a esposa engravidou, seja porque decidiu não mais ter o felino. Em todos esses casos pode ocorrer do gato vir a desenvolver a depressão e, consequentemente, o óbito poderá acontecer. Conhecemos alguns casos em que os gatos pararam de comer e beber de tristeza e, após alguns dias, entraram em estado de choque e acabaram falecendo. Nesses casos, os pais simplesmente resolveram desfazer do gato sem motivo aparente. O sintoma da depressão é, inegavelmente, uma amostra de como os felinos são apegados aos humanos.
Os gatos, conforme visto, são animais extremamente devotados aos seus pais humanos. Eles nos amam e esperam ser correspondidos. Os felinos, assim como nós, têm os seus momentos em que gostam de ficar sozinhos e, portanto, isso não pode ser entendido como uma atitude isolacionista ou fria. Caso fosse, praticamente todos nós então nos enquadrariamos no esteótipo criado em torno deles. Repense seus conceitos e permita que um gato entre em sua vida, pois ela certamente mudará para melhor.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

QUANDO FAZER AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA



A Avaliação Neuropsicológica tem como objetivo analisar detalhadamente as funções cognitivas, emocionais e comportamentais. É utilizado um conjunto de instrumentos e procedimentos padronizados para auxiliar no diagnóstico, na compreensão da extensão das perdas, contribuir para o planejamento cirúrgico, prever respostas ao tratamento, estabelecer tipos de intervenção e desenvolver um plano de reabilitação.

As principais funções cognitivas incluem: atenção, percepção, linguagem, raciocínio, abstração, memória, aprendizagem, habilidades acadêmicas, processamento da informação, visuoconstrução, afeto, funções motoras e executivas.

INDICAÇÕES PARA AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
  • Avaliação dos Transtornos do Desenvolvimento;
  • Avaliação da inteligência;
  • Avaliação do déficit atencional no Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH);
  • Avaliação de dificuldades escolares e Transtornos do Aprendizado;
  • Avaliação dos déficits cognitivos nos distúrbios psiquiátricos ou neuropsiquiátricos;
  • Avaliação e acompanhamento de demências;
  • Diagnóstico diferencial entre Depressão e Demência;
  • Avaliação do déficit cognitivo pós lesões cerebrais decorrentes de traumatismos (TCE);
  • Avaliação do déficit cognitivo pós Acidente Vascular Cerebral (AVC);
  • Avaliação do déficit cognitivo pós Tumores;
  • Avaliação de déficit cognitivo pós meningo-encefalites;
  • Avaliação de déficit cognitivo pós intoxicações;
  • Avaliação de déficit cognitivo associado ao alcoolismo;
  • Avaliação de déficit cognitivo associado a drogas;
  • Avaliação do déficit cognitivo na Epilepsia;
  • Avaliação do déficit cognitivo na Esclerose Múltipla e outras doenças neurodegenerativas;
  • Dentre outras.