domingo, 26 de julho de 2015

PSICOPEDAGOGIA - AUTISMO (FILME OCEAN HEAVEN)

Ocean Heaven: o amor de um pai em fase terminal por seu filho autista
Filme Ocean Heaven

SINOPSE: Sinopse: A história do amor incansável de um pai pelo seu filho
autista. Uma pessoa em cada mil nasce com autismo. Como consequência, a
China tem 1 milhão de pacientes autistas. Dafu é um deles: parece distraído,
repete o que as pessoas lhe dizem, nada com maestria, mantém tudo em casa
em lugares determinados e talvez não esteja totalmente ciente da morte de sua
mãe, ocorrida há alguns anos. Trabalhando em um aquário, Sam Wong mostra
extremo cuidado e carinho com seu filho de 22 anos. Com a generosa ajuda de
seus vizinhos, os dois vivem prosperamente. Porém, Wong compreende muito
bem que um dia deixará o mundo e seu filho ficará sozinho. O que ele ainda
não descobriu é que esse dia pode estar mais perto do que imagina.

JetLi Lian-Jie in Ocean Heaven (2010) - Movie

Autismo

Autismo é um transtorno global do desenvolvimento marcado por três
características fundamentais:

* Inabilidade para interagir socialmente;
* Dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se ou lidar com jogos
simbólicos;
* Padrão de comportamento restritivo e repetitivo.

O grau de comprometimento é de intensidade variável: vai desde quadros mais
leves, como a síndrome de Asperger (na qual não há comprometimento da fala
e da inteligência), até formas graves em que o paciente se mostra incapaz de
manter qualquer tipo de contato interpessoal e é portador de comportamento
agressivo e retardo mental.
Os estudos iniciais consideravam o transtorno resultado de dinâmica familiar
problemática e de condições de ordem psicológica alteradas, hipótese que se
mostrou improcedente. A tendência atual é admitir a existência de múltiplas
causas para o autismo, entre eles, fatores genéticos e biológicos.

Sintomas

O autismo acomete pessoas de todas as classes sociais e etnias, mais os
meninos do que as meninas. Os sintomas podem aparecer nos primeiros
meses de vida, mas dificilmente são identificados precocemente. O mais
comum é os sinais ficarem evidentes antes de a criança completar três anos.

De acordo com o quadro clínico, eles podem ser divididos em 3 grupos:

1) ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de
aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos,
deficiência mental;

2) o portador é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as
pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como
ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e
tem comprometimento da compreensão;

3) domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade
de interação social que permite aos portadores levar vida próxima do normal.

Na adolescência e vida adulta, as manifestações do autismo dependem de
como as pessoas conseguiram aprender as regras sociais e desenvolver
comportamentos que favoreceram sua adaptação e auto-suficiência.

Diagnóstico

O diagnóstico é essencialmente clínico. Leva em conta o comprometimento e o
histórico do paciente e norteia-se pelos critérios estabelecidos por DSM–IV
(Manual de Diagnóstico e Estatística da Sociedade Norte-Americana de
Psiquiatria) e pelo CID-10 (Classificação Internacional de Doenças da OMS).

Tratamento

Até o momento, autismo é um distúrbio crônico, mas que conta com esquemas
de tratamento que devem ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e
aplicados por equipe multidisciplinar.

Não existe tratamento padrão que possa ser utilizado. Cada paciente exige
acompanhamento individual, de acordo com suas necessidades e deficiências.

Alguns podem beneficiar-se com o uso de medicamentos, especialmente
quando existem co-morbidades associadas.

Recomendações

* Ter em casa uma pessoa com formas graves de autismo pode representar
um fator de desequilíbrio para toda a família. Por isso, todos os envolvidos
precisam de atendimento e orientação especializados;

* É fundamental descobrir um meio ou técnica, não importam quais, que
possibilitem estabelecer algum tipo de comunicação com o autista;

* Autistas têm dificuldade de lidar com mudanças, por menores que sejam; por
isso é importante manter o seu mundo organizado e dentro da rotina;

* Apesar de a tendência atual ser a inclusão de alunos com deficiência em
escolas regulares, as limitações que o distúrbio provoca devem ser
respeitadas. Há casos em que o melhor é procurar uma instituição que ofereça
atendimento mais individualizado;

* Autistas de bom rendimento podem apresentar desempenho em
determinadas áreas do conhecimento com características de genialidade.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Porque utilizamos o jogo no atendimento Psicopedagógico





Enquanto a criança ou adolescente joga, mobilizam-se esquemas 
mentais, colocam-se em movimento funções psicomotoras,
estimulando o pensamento, neste momento acontecem às 
aprendizagens, despertando processos internos de desenvolvimento.
A atividade lúdica seja ela uma brincadeira ou um jogo pressupõe 
o estabelecimento de relações e interações sociais.
Jogar possibilita a formação de atitudes essenciais ao convívio humano.
 Os jogos atraem pelo desafio e dificuldade. Tais dificuldades podem
 ser superadas por meio da ação, ajudando a reformular conhecimentos. 
Quando se joga várias vezes, faz com que o jogador possa compreender 
ações e objetivos, a fim de traçar metas e construir/reconstruir habilidades 
e potencializar aquilo que já aprendeu, seja na família, na escola, ou em
 outros ambientes sociais. 
O jogo psicopedagógico possibilita que o paciente concretize o pensamento
 através da ação. Assim, ele se reconhece e se identifica, além de contribuir
 para a construção da personalidade do sujeito.


http://www.regianesouzaneves.com.br/2015/04/porque-utilizamos-o-jogo-no-atendimento.html


Dra. Regiane Souza Neves – Doutora e Mestre em Saúde Mental com Ênfase em Psicanálise Clínica; Especialista em Educação e Legislação de Ensino; Especialista em Orientação Vocacional e Profissional; Especialista em Psicologia do Desenvolvimento da Aprendizagem; Neuropsicopedagoga e Psicopedagoga; Autora dos livros: 1) Manual do Administrador Escolar: Legislação, Organização e Estrutura do Ensino; 2) Gestão da Sala de Aula - Discutindo valores: ética, moral e cidadania; 3) Desenvolvimento Educacional: um olhar psicopedagógico; 4) A Formação de Professores no Brasil; Presidente e Coordenadora de Ensino Superior da ABRAPEE Associação Brasileira de Profissionais e Especialistas em Educação; Diretora do CEADEH Centro de Estudos Avançados em Desenvolvimento Educacional e Humano.