segunda-feira, 19 de agosto de 2013

REFLEXAO - PÁGINA CASA ABERTA


Para ser saudável, todo amor deve aprender a contar até três: eu, tu ele/ela. O amor saudável inclui o outro em duas dimensões: quando estou eu com o outro, considerado esse outro verdadeiramente outro; e quando estou eu com os outros. No chamado Complexo de Édipo vivido na infância como o núcleo das neuroses, amores, ódios, invejas e ciúmes tem de passar pela "prova do três". A possibilidade de conviver consigo mesmo, em suas mais variadas versões, inclui poder "contar até três". O amor só se manifesta em sua característica duradoura, superadora, integradora quando se pode contar até três. Em todas as relações de amor, seja qual for o amor, contar até três implica em poder usufruir do prazer de encontrar caminhos novos a partir do encontro com o outro. Por isso, o Édipo é para cada um, a estrada através da qual o crescimento e amadurecimento do Eu se torna uma conquista do próprio Eu. A arte de viver, crescer, se realizar como pessoa e profissionalmente, ser feliz, implica em poder contar até três. O mundo só se abre, para cada um, no três. (Evelin Pestana, Casa Aberta - Página, Psicanálise, Arte, Educação).

Ilustração: Margarita Sikorskaia

2 comentários:

  1. Olá, Interfaces. Fico muito feliz, e agradecida, que gostem e publiquem minhas reflexões à luz da psicanálise. Grande abraço, Evelin Pestana.

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  2. Olá, Interfaces. Fico muito feliz, e agradecida, que gostem e publiquem minhas reflexões à luz da psicanálise. Grande abraço, Evelin Pestana.

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