quarta-feira, 1 de junho de 2011

QUARTOS ARTIGOS E UMA LEITURA


ESCUTA CLIVADA ANCORA SABER NO ENTRE-LUGARES

ARTIGO: REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO ALUNO NA SALA DE AULA E O ESTILO NO APRENDER.

AUTOR: MARIA DE LOURDES SOARES ORNELLAS

Esta coletânea, publicada pela Quarteto Editora, é prefaciada por Clarilza Prado (PUC-SP) e traz na abertura um texto de Lourdes Ornellas, organizadora da obra, que discute a representação social de professor-aluno sobre afeto na sala de aula e sobre o quanto este é fundante para o processo de aprender. O texto sugere que a escuta psicanalítica do que se passa na escola é um caminho para pontuar que os sujeitos, neste espaço, transferem afetos entre si e que as representações sociais de professor e aluno na sala de aula apontam para a escola que se quer construir.

Do lugar do desejo, cada um se inscreve como sujeito da falta, tecendo um estilo. E o que é estilo no aprender?

No centro deste debate interdisciplinar há o encontro entre a Educação, as Representações Sociais e os afetos, e a autora deixa sua indagação: todo encontro não seria um desencontro?

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ESCUTA CLIVADA ANCORA SABER NO ENTRE-LUGARES

ARTIGO: ENSINAR E APRENDER: ATO DE DESEJO DO SUJEITO

AUTOR: DAIANE BARBOSA PURIDADE E KELY KRAUSE DE JESUS CUNHA

Daiane Puridade e Kelly Cunha, em parceria, analisam o ensinar e aprender como ato de desejo do sujeito, trazendo a Psicanálise e a Educação como constitutivos do ato educativo. As autoras buscam revelar o agalma peculiar da educação e as resultantes de um enlace que ensina a escuta e impulsiona os sujeitos a um constante desejo de ensinar e aprender. Há que se tecer uma nova educação, esta agora pautada no sujeito, e o texto pretende abrir as portas para novas discussões que levem a mais reflexões acerca do ensino e da aprendizagem à luz da Psicanálise: benefício para professor e aluno.

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ESCUTA CLIVADA ANCORA SABER NO ENTRE-LUGARES
ARTIGO: UMA ESCUTA DO BRINCAR PELO PROFESSOR NA CENA DA CONSTITUIÇÃO DA CRIANÇA-SUJEITO.

AUTOR: DANIELA CHAVES RADEL BITTENCOURT

Daniela Radel investiga o lugar do brincar na educação infantil ao reconhecer

a relevância deste ato na constituição do sujeito nos seus primeiros anos de vida. No texto a autora apresenta sua pesquisa, de abordagem psicanalítica, em uma análise da educação infantil como espaço de subjetivação da criança-sujeito. Radel nos diz que, se antes a escola se sustentava na promessa das crianças virem a usufruir, num futuro, o lugar e a posição existencial do adulto, atualmente o ensino vale na proporção do gozo imediato que promove, sem permitir o lugar da falta. Autora nos deixa um questionamento: nesta escola há lugar para a infância? Há lugar para a estruturação do sujeito do desejo?

A riqueza do texto reflete o brilho da pesquisa, precisa ser lido.

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ESCUTA CLIVADA ANCORA SABER NO ENTRE-LUGARES

ARTIGO: A PSICANÁLISE BORDA A EDUCAÇÃO: QUANDO O DESEJO SE INSCREVE NAS TEIAS DO SABER.

AUTOR: ELIANA DE JESUS MENEZES

Eliana Menezes nos apresenta um texto que debate a falta de interesse da criança em relação ao saber contemplado na leitura e na escrita, abordando a importância do ato de ler e escrever para a constituição da história do sujeito. A autora faz um elenco das concepções de desejo na filosofia e na psicanálise, mostrando que o desejo é da ordem do real, traduzido como falta e que a criança pode não querer saber para se constituir sujeito desse desejo, não atendendo as exigências da cultura.

O texto tem viés psicanalítico e ressalta que a aproximação da Educação com a Psicanálise evidencia um ganho simbólico para a educação e que há que se alimentar o desejo.



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