Assisti a peça aqui em Salvador e tive a sensação de estar mesmo vendo uma mãe na relação com seus dois filhos, tudo de forma muito engraçada. Fui agora ver o filme, baseado na peça de um único ator, e devo dizer que conseguiram, de fato, adaptar o texto de forma engraçada e elegante, sem cair na mesmice de outros tantos filmes nacionais categorizados como comédia. O monólogo do grande Paulo Gustavo deu vida a vários personagens, trazendo para a tela a leitura que muitos espectadores fizeram ao ve-lo no teatro.
A personagem central é Dona Hermínia, separada (do Casalberto), dona de casa e mão de tres filhos, dos quais dois são adolescentes e a quem ela se dedica a maior parte de seus dias. O drama começa quando ela escuta, por acaso, uma conversa de seus filhos dentro do carro com o pai e a jovem, chic e sem-graça madrasta; o telefone nao foi desligado e ela escuta os filhos dizerem o quanto a acham chata, mandona e grudenta. Dizem também que morar com o pai seria bem mais divertido!!
Magoada, Dona Hermínia decide dar um "gelo" nos filhos e sai de casa para refletir melhor sobre sua vida, indo para a casa da Tia e mergulhando em fatos passados que a fazem se redescobrir, mas que não a impedem de querer de volta sua vida de mãe e dona de casa.
Na pauta estão as discussões sobre a obesidade, homossexualidade e separação, tdo de forma bem humorada e crítica.
O texto é inspirado na mãe do ator principal e isso lhe dá uma circulação bem tranquila nesse papel. Ah, no fim ela aparece e mostra o quao é bem retratada na peça!! Vale muitas risadas!!
O filme termina com jeito de que vai rolar o Nº 2.
Assistam!!
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