domingo, 12 de junho de 2011

ESCUTA CLIVADA ANCORA SABER NO ENTRE-LUGARES: LARISSA ORNELLAS, NEILTON SENA, POLIANA SANTANA E ROBERTO CARLOS SANTOS - QUATRO ARTIGOS.

(Obra de Kandinsky)

ARTIGO: UMA ESCUTA SOBRE A MELANCOLIA DO FEMININO.

AUTOR: LARISSA ORNELLAS

O texto de Larissa Ornellas traz referencias de autores clássicos da Teoria Psicanalítica que trabalham mais particularmente com a melancolia. A autora mostra a evolução da problemática da perda do objeto na melancolia e suas impossibilidades de fazer luto frente às perdas, especialmente nas mulheres melancólicas. Ao analisar o sadismo e o masoquismo sob o olhar de Freud, vê-se que o sadismo é o masoquismo transformado no seu inverso, numa troca de objeto; assim é a melancolia, onde o melancólico satisfaz suas tendências sádicas e odiosas visando um objeto e, depois, retornando sobre a própria pessoa, o melancólico. Nesta fala, o texto conceitua a melancolia e discorre sobre o suicídio tendo sempre como base de pesquisa autores clássicos e renomados. No curso da escrita a autor partilha um caso clínico. Vale à pena ler.


ARTIGO:"FALE-ME, DEIXE-ME LHE ESCUTAR": AS MANIFESTAÇÕES DA FALA DO PROFESSOR NA SALA DE AULA.

AUTOR: NEILTON BATISTA SENA

Numa abordagem psicanalítica, Neilton Sena analisa as manifestações da fala do professor no ato de aprender do aluno no lócus da sala de aula e como esta fala pode estar representada nos elos do Real, do Simbólico e do Imaginário na perspectiva lacaniana, resvalando na prática educativa do professor. O artigo é produto de uma pesquisa deste autor, na qual ele busca compreender a fala e a escuta do professor e como este valoriza cada um destes constructos. Como o autor diz, o “fale-me, deixe-me lhe escutar, é um convite que a Psicanálise faz à Educação, pedindo licença para se aproximar da sala de aula e, assim, dialogar com o professor [...]”.

(Obra de Leonid Afremov)


ARTIGO: O REAL, O SIMBÓLICO E O IMAGINÁRIO: UM NÓ NO FAZER DO COORDENADOR PEDAGÓGICO.

AUTOR: POLIANA MARINA MASCARENHAS DE SANTANA.

Diante das demandas que fazem parte do fazer do coordenador pedagógico, é pertinente refletir sobre de que maneira este profissional pensa este fazer, como se estrutura perante ele e quais as subjetividades estão envolvidas nos avanços e nas limitações do mesmo. A autora desenvolve sua pesquisa analisando a percepção deste profissional e traçando uma analogia com os constructos do inconsciente apresentados por Lacan. O marco teórico da pesquisa é a teoria das Representações Sociais. Qual seria, então, a representação social que o coordenador tem de sua própria função?

(Obra M. C. Escher)


ARTIGO: "EU SOU NEGUINH@?" A FORMAÇÃO DO/A PROFESSOR/A PARA AS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS NO CONTEXTO EDUCATIVO.

AUTOR: ROBERTO CARLOS OLIVEIRA DOS SANTOS

O texto de Roberto Carlos traz um questionamento quanto ao fazer do professor na contemporaneidade: qual o seu papel na tarefa de desconstrução das representações identitárias essencialistas de matriz eurocêntrica presentes no contexto educativo e que depreciam, obstacularizam e inferiorizam, particularmente, a cultura de matriz africana? E a escola, será que esta tem sido um ambiente que garante o direito e o respeito à diversidade a partir da equidade e do pluralismo cultural entre os alunos e alunas? A partir desta reflexão o autor questiona se, a partir dos marcos legais e da promulgação das novas legislações, a temática acerca do preconceito e das desigualdades na escola teve o seu estado alterado de modo significante. O debate proposto pelo artigo é atualíssimo e vale à pena entrar e travar uma interlocução com o autor.

(Quadro de Pedro Lima)

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